Aplicação de sistemas de iluminação LED em empreendimentos comerciais

Alguns anos atrás, quando surgiu o incentivo para utilização de lâmpadas econômicas, como as fluorescentes compactas, os incentivadores deste uso estavam focados em reduzir o valor pago por consumidores de energia elétrica residenciais, mas deixaram de lado a carga elétrica de reativos que estas lâmpadas iriam gerar, sobrecarregando o sistema elétrico brasileiro.

Devido a limitação da maioria dos medidores de energia elétrica, nas unidades consumidoras residenciais, os quais não possibilitam a medição de energia reativa e consequente fatura dos valores que estas lâmpadas fluorescente compactas e outras cargas não lineares comuns em residências jogam para o sistema elétrico.

O baixo fator de potência destas lâmpadas, comuns na maioria das residências do país, geram uma grande quantidade de energia reativa circulado por transformadores, linhas de distribuição e transmissão e chegam até os geradores, fazendo com que boa parte da sua capacidade seja utilizada para circulação de uma energia que poderia ser abrandada ou atenuada junto a sua fonte de geração.

O tratamento correto deste baixo fator de potência traria benefícios ao sistema elétrico brasileiro, reduzindo a necessidade imediata de investimentos em ampliação em redes de distribuição, transmissão e em geração.

A solução mais comum a ser aplicada, quando se trata de fator de potência é a aplicação direta de bancos de capacitores, ou indutores, com o objetivo de corrigir o fator de potência, mas isso se aplica somente a cargas lineares (motores e transformadores, por exemplo) e onde existe a medição e cobrança de reativos, ou seja, em unidades consumidoras comerciais e industriais as quais são cobradas por este baixo fator de potência.

Mas a aplicação de bancos de capacitores, ou indutores não deve ser aplicada diretamente sem uma analise do circuito elétrico e medições de distorções harmônicas.

As cargas não lineares (lâmpadas fluorescente compactas, computadores, monitores e inversores de frequência, por exemplo) podem ter fator de potência baixo, mas a composição deste baixo fator de potência inclui o fator de distorção harmônica.

A combinação de um banco de capacitores (ou indutores), com cargas não lineares, sem a devida analise do circuito e das medições em cargas totais e parciais podem gerar efeitos e fenômenos elétricos danosos a carga e ao sistema elétrico.

A aplicação de luminárias com a tecnologia de LED, desde que seus fatores de potência (composto de fatores de deslocamento e distorção), sejam corrigidos e garantidos pelo seu fabricante desde a sua instalação, até a sua depreciação natural em função das horas de operação, são uma excelente opção para substituição de sistemas de iluminação compostos por lâmpadas fluorescentes, ou tecnologias como lâmpadas de vapores e descargas.

Além de apresentarem um consumo menor, em função da alta eficiência luminosa, também apresentam vida útil longa e menores custos de manutenção, gerando reduções de custos sensíveis na conta de energia elétrica e curto prazo de retorno de investimento.

Em aplicações comerciais e industriais, a aplicação de luminárias com tecnologia LED também significa reduzir a carga de energia reativa sobre transformadores e infraestrutura elétrica, possibilitando uma utilização mais eficiente dos ativos existentes.

Em média, investimentos de substituição de sistemas de iluminação convencionais para tecnologia LED, tem retorno de investimento entre 6 e 18 meses.

Outro benefício da aplicação da tecnologia LED é a qualidade da iluminação, reprodução de cores, não degradação das cores dos itens que ficam expostos a luz e redução na carga térmica de ar condicionado, pois a dissipação de calor é muito menor.